A alvorada anuncia o início do último festejo popular antes da maior das festas. Exatamente uma semana antes da quinta-feira de carnaval, a Lavagem de Itapuã marca a contagem regressiva para o maior festejo de rua do mundo.
No entanto, anunciar a chegada de Momo não é o único mérito da lavagem de Itapuã. Muito pelo contrário. A festa do bairro carrega consigo uma história própria que esse ano completa incríveis 110 anos. Sim, estamos há um século e uma década integrando o sagrado com o profano, reinventando a lavagem e crescendo em números, organização e repercussão.
Quando, ainda no início do século XX, os poucos habitantes da aldeia Itapuã tomaram essa iniciativa de homenagear Nossa Senhora da Conceição, certamente eles não imaginavam que aquele gesto ganharia tamanha dimensão e se manteria vivo e cada vez mais forte tanto tempo depois.
A lavagem ganhou trios elétricos, fanfarras, palcos gigantescos, atraiu pessoas de diferentes bairros e há mais de duas décadas entrou para o calendário oficial de festas da cidade. Além disso, o festejo também se abriu para a beneficência através de ações como o café da manhã de Dona Niçu, hoje coordenado pela filha da histórica moradora do bairro e uma das iniciadoras da lavagem, a professora Leonice Gomes.
Essa ação beneficente mata não só a fome de pão, como também sacia o desejo de fazer o bem ao próximo. Aliás, nesse sentido, nós podemos auxiliar o gesto da professora Leonice através de doações de gêneros alimentícios e outros itens necessários para se fazer a festa.
Assim, ajudaremos a manter viva uma tradição secular do nosso bairro ao mesmo tempo em que praticamos o bem. A lista dos donativos pode ser encontrada no grupo do Facebook LAVAGEM NATIVA DE ITAPUÃ – MÃEtendo a tradição.