Como de costume, o carnaval chegou arrastando multidões Brasil afora. Dos bailinhos infantis aos grandes festejos nas avenidas, os foliões se esbaldaram nos seis (para alguns sete) dias de celebração.
Em Salvador, cidade que se orgulha de fazer a maior festa de rua do mundo, foi enorme a concentração de pessoas dançando ao som do “Lepo Lepo”, vestindo ou não abadares e fazendo todas aquelas peripécias que já nos acostumamos a ver nos carnavais. Porém, o fator meteorológico foi a grande surpresa da avenida.
É comum chover no carnaval, não por acaso um dos hinos da festa, “Chuva, suor e cerveja” de Caetano Veloso, reverencia esse fenômeno natural na festa de Momo. No entanto, o que se viu esse ano foi uma enxurrada que transformou não só as avenidas alegóricas como diversas outras vias soteropolitanas em rios, trazendo transtorno aos transeuntes e expondo mais uma vez a fragilidade estrutural da cidade.
Como que por uma ironia do destino, a frente fria que deu o ar (e a chuva) da graça durante todo o feriado se despediu na quarta-feira de cinzas, e o dia sombrio para muitos foi na verdade o mais bonito do carnaval.
O sol brilhou intensamente, o céu azul em momento algum se mostrou encoberto por nuvens escuras e a brisa do mar completou o típico de verão. Ideal para dar uma voltinha atrás do trio. Porém, a essa altura os foliões estavam curando as ressacas, guardando as fantasias e se preparando para retornarem à rotina.
Cheio de graça esse carnaval.