O consumismo faz parte da lógica capitalista da sociedade contemporânea. O agente catalisador deste processo – a mídia – está presente em quase todos os espaços, principalmente nas grandes cidades. Televisão, computador, cinema, revistas, jornais, dentre outros veículos de comunicação, estão cheios de um mundo incompatível com o real, e são apresentados a nossos olhos como uma fábula verdadeira. Ao mesmo tempo em que nos aproximamos deste conto de fadas, a própria mídia nos enche com sentimentos de culpa e medo daquilo que é verdadeiramente real, contorcendo os fatos da maneira em que bem entendem.
Temos no entanto, uma noção bastante distorcida daquilo em que o mundo real se revela diante de nossos olhos. Nossas formas de perceber o espaço estão cada vez mais restritas e fundamentadas nas concepções criadas pela mídia. Somos condicionados direta ou indiretamente a viver de acordo com a realidade inalcançável imposta pelas propagandas que, ao mesmo tempo nos forçam, a grosso modo, buscar essa utopia. Para isso, somos bombardeados de informações processadas como fatos reais, alegando, ao espectador, que o mundo em que vive além do seu modo de vida, é tudo aquilo mais indesejável para uma sociedade, considerada por eles e por todos aqueles influenciados, como real.
A conseqüência disso está principalmente no consumismo exagerado, e nas buscas insaciáveis pelo prazer e pela beleza. Queremos tudo, mas tudo não é o suficiente, e não nos cansamos de continuar a abastecer a engrenagem do capitalismo moderno, que funciona a todo vapor nesse ciclo vicioso de produção e consumo.
Para mim, perdemos a noção de felicidade, pois a felicidade tornou-se inalcançável aos olhos dos grandes agentes da comunicação global.
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