Em sua quarta edição, o Tarta Skim Festival – Campeonato Baiano de Skimboard – promete animar as areias da praia do Catussaba, em Itapuã, entre os dias 09 e 10 de agosto. Para este ano, o organizador do evento, Sérgio Marques antecipa que o encontro contará com participações especiais. “Teremos a presença de profissionais de outros estados, como Bruno Sá, do Recife, bem como Leandro Azevedo, que foi o primeiro brasileiro a conquistar o título de campeão mundial. Para os iniciantes e simpatizantes, será a oportunidade de assistir a grandes performances”.
Desde que começou a praticar o esporte há cinco anos, Sérgio conta que passou a se interessar por tudo relacionado ao skimboard. “Descobri grupos através de redes sociais que já praticavam o esporte em Salvador e outras cidades. Quando viajei para participar do mundial em São Paulo fiz alguns contatos e a partir disso, tive a ideia de criar o campeonato”, diz.
Segundo o skinner (praticante de skimboard), o Tarta Skim Festival é o único evento de skimboard que acontece na Bahia. A competição será dividida em iniciantes e amadores que disputarão durante os dois dias. Os vencedores serão premiados com brindes oferecidos pelos parceiros, como empresas especializadas em material esportivo, bem como academias. As inscrições podem ser feitas até o dia 09/08 (sábado) no local da competição. O custo para a categoria amador é de R$ 50,00 e R$ 30,00 para a categoria iniciante.
História do skimboard
De acordo com Sérgio, o skimboard é a evolução de uma brincadeira muito comum entre as crianças. “As crianças pegavam porta de armário ou qualquer pedaço de madeira e brincavam de deslizar na beira do mar. Em alguns lugares, era chamado de ‘Sonrisal’, pois o movimento se assemelhava a um disco passando na água, causando um efeito que lembrava a efervescência do remédio. Outros lugares chamam a prática de ‘Frus’ (palavra surf ao contrário), em alusão ao movimento que acontece de fora para dentro do mar, enquanto o surf original faz a trajetória de dentro pra fora”, conta.
Com o tempo, os pedaços de madeira, deram lugar às primeiras pranchas. Em contrapartida, a peça foi evoluindo para materiais mais resistentes, que ao mesmo tempo ofereciam melhor desempenho aos praticantes. Os antigos fabricantes de pranchas de surf investiram no novo produto e o número de praticantes não parou de crescer. “Hoje as pranchas favorecem maior velocidade, é possível alcançar maior flutuação e surfar dentro do mar”, explica o atleta.
Vale destacar que a modalidade tem diversos praticantes no mundo inteiro. Já são realizados campeonatos internacionais em países como Estados Unidos, França, Portugal, México e Chile. No Brasil, a modalidade é bastante difundida em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pernambuco. Em Salvador, a prática ainda é tímida, mas aos poucos ganha seu espaço.
Sérgio pontua ainda que o inverno é a melhor época para treinar o esporte no Nordeste. “No geral, o litoral de Salvador não é tão propício para o skimboard, mas o inverno propicia um período de ondas grandes à beira-mar. Já no verão não é adequado realizar o campeonato, por conta dos ventos fortes”, afirma.
Confira algumas fotos do campeonato anterior:
Fonte: ItapuãCity | Camila Barreto