Um dia após o desabamento parcial da casa de dona Maria do Carmo, na Rua Manoel Esteves, em Itapuã, ela e o marido, José Carlos Sousa, estão desalojados nesta terça-feira, 28. Eles foram orientados pela Defesa Civil a deixar o imóvel, que era alugado, enquanto não fosse realizada a drenagem da rua. De acordo com a assessoria da Defesa Civil, o órgão solicitou que a Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop) realizasse o serviço com urgência. A assessoria da Sucop foi procurada, mas ainda não se pronunciou sobre a obra.
Depois de perder todos os móveis e eletrodomésticos, que foram arrastados pela água que invadiu o imóvel, Maria do Carmo e o marido estão morando de favor na casa de um vizinho. O casal não sabe como vai refazer a vida, já que José Carlos, que é pedreiro, está desempregado.
Apesar do susto, ele agradece pela parede da casa não ter resistido e ter desabado parcialmente. “A melhor coisa foi ter derrubado, porque a gente estava dormindo na hora, se não tivesse arrombado a parede, a casa poderia inundar e a gente morrer afogado”, explica.
De acordo com a assessoria da Defesa Civil, o casal não tem direito ao auxílio-aluguel, já que não eram proprietários do imóvel.
Além da casa de Maria do Carmo e José Carlos, outros imóveis também foram atingidos pela água da chuva, incluindo a casa do motorista João da Silva. Ele conta que está acostumado com a situação. “Toda vez que chove forte, o canal enche e alaga minha casa”, lamenta.
Para evitar o mesmo problema, o armador de ferragens, Justino Alves, construiu um muro na porta da sua residência, o que impede a entrada da água. Como a água acumulada da chuva na Rua Santana, também conhecida como do Canal, não tem para onde escoar, segue para a Rua Manoel Esteves, que fica em um ponto mais baixo, atingindo os imóveis da região.
Fonte: A Tarde Online