Foram registrados ao todo 167 casos de clientes da Churrascaria e Pizzaria do Galego, em Itapuã, que passaram mal após fazerem refeições no local, segundo informou ontem a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Dois exames foram feitos no Hospital da Bahia e quatro no Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen). “Esses 167 casos foram registrados em outros hospitais, como o Roberto Santos, Menandro de Farias, Aeroporto. Estamos aguardando o resultado de uma pessoa, mas em cinco já foi detectada a salmonela”, afirma o diretor da Vigilância Sanitária, Juarez Dias.
Ainda hoje devem ser divulgados os resultados do exame do material encontrado no estômago do pedreiro Edson de Araújo, que morreu no sábado após comer na churrascaria e também dos exames dos alimentos encontrados no restaurante, na quarta-feira.
“Não sabemos qual foi exatamente o alimento que causou o problema. A salmonela existe no trato intestinal, nas fezes. A contaminação ocorre quando alguém doente entra em contato com os alimentos”, explica Dias. O diretor acrescenta que alimentos sem cozimento, como ovo cru, carne mal cozida e maionese (que utiliza ovos) são passíveis de contaminação.
A proprietária da churrascaria, cujo nome não foi revelado pela polícia, foi ouvida ontem pela delegada Dilma Maria França, da 12ª Delegacia Territorial (12ª DT/ Itapuã), responsável pela investigação do caso.
“Ela afirmou que ficou surpresa com o fato, porque durante as refeições nenhum cliente se queixou”, conta a delegada. A proprietária da churrascaria ainda disse em depoimento que não percebeu aparência, cheiro ou gosto que pudesse indicar a contaminação dos alimentos.
“Ela disse, inclusive, que os funcionários e proprietários comeram do mesmo alimento e que nada aconteceu”, revela a delegada. O restaurante continua interditado.
Fonte: Correio da Bahia