A beleza natural e a história recheada de contos, lendas e histórias de pescadores do bairro de Itapuã; contrastam com a dura realidade, imagens desprovidas de beleza e as tristes histórias de violência que vêm assolando o bairro atualmente. Esse contraste mostra o quanto um lugar pode ter seu nome manchado por conta da falta de interesse em conservá-lo.
A grande maioria das pessoas hoje, sobretudo os soteropolitanos que não que não residem em Itapuã, está associando o bairro a um local violento e ruim de viver. E não mais ao lugar calmo e belo cantado nos versos de Caimmy e na eterna “Tarde em Itapuã” dos poetas Toquinho e Vinícius.
Essa associação negativa se deve em parte ao desconhecimento das reais condições do lugar, mas, principalmente, por conta dos índices de violência cada vez mais alarmantes. O que tem contribuído para que Itapuã esteja na lista dos bairros mais violentos de Salvador.
No entanto, esta imagem obscura que vem tentando sobrepor à agradável e boêmia imagem natural do bairro, pode (e deve) ser apagada. E há meios para isso.
Para se resgatar o brilho de um lugar, é essencial que haja uma valorização do seu povo. Pois, é esse povo quem decide que cara terá o seu lugar e como ele será lembrado por quem passar por lá. Logo, é necessário que se invista nas melhorias de condições de vida do cidadão, principalmente investimentos na educação, saúde e segurança pública. E se faz necessário também que os projetos que já existem no bairro, e que visam essa valorização do ser, sejam cada vez mais estimulados. Assim, voltarão a brilhar as cores claras e cheias de vida e desaparecerão aquelas escuras e sem brilho, até que suma por completo esse contraste.