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Esta semana a Secretaria de Segurança pública divulgou dados alarmantes sobre os casos de estupro em Salvador. Entre os meses de Janeiro a Março, foram registrados 137 casos, dentre os quais 21 ocorreram em Itapuã. Infelizmente estes números são bastante elevados e gera preocupação quanto à segurança da nossa comunidade.
A violência sexual contra as mulheres é um tema polêmico e bastante discutido no nosso cotidiano. O problema é que ainda vivemos mergulhados numa sociedade machista em que por muitas vezes as mulheres, vítimas, são encaradas como responsáveis pelos seus próprios dramas. É bastante comum o alerta sobre o risco de vestir determinadas roupas, ou frequentar certos lugares e adotar algumas posturas. Parece, na maioria das vezes, que a mulher é a única responsável por evitar ser violentada. Quando elas se tornam vítimas, “abafar” o caso torna solução para muitas famílias. E quanto aos homens? Ao que aparenta, dentro deste contexto social, cabe a eles apenas a escolha de violentar ou não.
O descaso com a segurança pública sobrepõe toda a questão social que envolve a violência contra a mulher. A segurança deve sempre ser prioridade, fato este que não corresponde à realidade do nosso bairro. Bom ressaltar que as noites no Abaeté nunca estiveram tão perigosas. Sem iluminação, as dunas e a vegetação são verdadeiros celeiros para a criminalidade. O mirante, local de muitas histórias de românticas, agora está entregue ao total abandono. A falta de iluminação e de policiamento das praias também é um fato preocupante. À noite, muitas mulheres são violentadas nas ruínas de uma orla esquecida pelas autoridades.
Hoje Itapuã vive numa atmosfera de medo e de indignação. O nosso bairro está abandonado e o descaso das autoridades é imenso. A consequência disso está no crescimento da criminalidade e da falta de segurança pública. Precisamos de uma Itapuã feita para nós, os moradores! Precisamos de um bairro, acima de tudo, feito com o respeito e a dignidade que nós merecemos.
Itapuã merece respeito!