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E lá se vai 2014. O ano da Copa no Brasil foi dos mais movimentados na história recente do país. Perdemos feio em campo, disputamos bonito nas urnas, nos despedimos de alguns dos nossos verdadeiros heróis e conquistamos o status de país do surfe. Quanta mudança!
A Copa do Mundo foi sem dúvida o acontecimento mais esperado pelos brasileiros. Aos gritos de “não vai ter Copa!” parte da população se opôs ao evento tentando impedir a festa futebolística. No entanto, os gritos não foram suficientes e tivemos no Brasil a Copa das Copas. Ao contrário do que muitos imaginavam, não fomos goleados fora de campo; também não tivemos uma atuação de gala, mas nossos aeroportos funcionaram e o povo brasileiro – voluntário, ou não – não tirou o pé da dividida.
2014 foi um ano triste para o universo cultural brasileiro. Ícones literários como os escritores Ariano Suassuna, João Ubaldo Ribeiro e o poeta Manoel de Barros, que imortalizaram em prosa e verso o que de melhor existe no Brasil, estão agora escrevendo as suas bem traçadas linhas no plano imaterial. O jornalismo esportivo também perdeu uma das suas mais marcantes vozes, o locutor Luciano do Valle, vítima de um infarto às vésperas da Copa. Fato que ofuscou um pouco o brilho do mundial.
As eleições presidenciais, outro evento aguardado com imensa expectativa pelo brasileiro, foram marcada pela trágica perda de um dos seus protagonistas, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vítima de um desastre aéreo. Além da comoção nacional, o fato provocou forte impacto na corrida presidencial, culminando na disputa mais apertada da história política brasileira.
Como a alegria é a nossa marca registrada, não poderíamos encerrar o ano de forma melancólica. E o surfista Gabriel Medina se encarregou de trazer a alegria para os seus conterrâneos ao conquistar o inédito título mundial de surfe para o Brasil. Medina fez o país do futebol ficar ligado no Pipe Masters com a atenção (e tensão) de quem acompanha uma final de Copa. E hoje, graças a esse jovem de 22 anos, somos também o país das pranchas.
Bye bye, 2014. Que 2015 venha com menos despedidas e mais recomeços.