E a Feira? Parte 2

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coluna-pense-nissoFaltando menos de um mês para o início da Copa uma notícia impressionou a (quase) todos: 71% das obras programadas para o evento estão inacabadas ou não saíram do papel. Na verdade, esse dado só quantificou algo perceptível a olhos nus, pois, não é novidade que a benfeitorias exigidas pela FIFA estão deveras atrasadas.

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Mercado sendo demolido

O espanto provocado pela ratificação da falta de planejamento do país para realizar o evento, não deveria, porém, ser menor do que aquele provocado pela inoperância das autoridades brasileiras em prover equipamentos públicos de extrema necessidade para a população. Hospitais, escolas, praças, pontos de ônibus seguem deteriorados e, aparentemente, ninguém se incomoda com isso.

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Projeto do novo Mercado

A antiga Feira de Itapuã é um bom exemplo do descaso do poder público para com as suas obras de atendimento à população. Se as obras da Copa estão 71% atrasadas, as do mercado do bairro sequer começaram. A área, antes isolada por madeirites, hoje encontra-se exposta e nela podemos ver um terrenos baldio já tomado por mato e entulhos. Além disso, pessoas já improvisam moradias no local, denunciando outro grave problema estrutural do nosso Estado: a falta de moradias decentes para a população de baixíssima renda.

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Situação atual

Quem passa pelo local percebe que as condições de higiene estão cada vez mais precárias. Situação que compromete as vendas daqueles que arduamente sobrevivem honestamente do comércio na feira.

Enquanto isso, os olhos do mundo – e do nosso poder público – se voltam para aeroportos, viadutos, leitos de hotéis cinco estrelas e estádios megalomaníacos que em breve estarão sob o domínio das traças.

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