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E o país viveu essa semana os festejos do dia dos pais, no domingo, 11 de agosto. As datas comemorativas são para lembrar aqueles que são importantes, mas elas também trazem o incômodo das exigências pelas homenagens, dos presentes, das festas. Bom seria se houvesse o entendimento que a data é um símbolo e que as comemorações se dão, de fato, quando os filhos honram, obedecem e amam os seus pais todos os dias e quando esses cumprem com o seu papel, também, dia após dia.
Não são raras as manifestações de desrespeito, rebeldia e hostilidade que saem dos filhos em direção aos pais. Também não são raras atitudes de desatenção, descuido e desamor que saem dos pais em direção aos filhos. Por isso, querer fazer dessa data, apenas, um momento de demonstração de amor e carinho é uma tentativa de mascarar uma relação paternal que jamais o foi em sua essência. Peninha já escreveu: “Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida”, daí a tristeza quando alguém que amar somente numa data comemorativa que se faz, sobretudo, em cima de interesses comerciais.
Muitas das homenagens feitas, apenas ratificaram os sentimentos que permeiam a relação entre pais e filhos e isso é o que mantém uma sociedade em pé, mesmo com tanta decadência moral e dos sentimentos. São pais que amam – e não se envergonham disso – aos seus filhos e que estão o tempo todo ao lado deles, guiando-os, protegendo-os, orientando-os. São o porto seguro, o exemplo, a força. Eles possuem o amor incondicional, e jamais desistem de sua prole, ao contrário, luta por ela, vive e morre por ela e tudo o que fazem é pensando em seu bem estar. Esses pais merecem as honrarias, em todo o tempo, em qualquer lugar.
Também são os filhos que reconhecem a autoridade paterna e buscam honrá-la. São os filhos que enxergam na figura do genitor a imagem do herói. E por causa desse herói a vida tem outro sentido. Tudo que fazem é para trazer alegria ao coração daquele a quem eles amam, respeitam e querem bem e em função desse desejo abrem mão de seus interesses se eles apresentarem a possibilidade de machucar o coração do amado pai. Falamos de herdeiros que não se envergonham dos seus “coroas”, que os exaltam, que fazem deles a motivação para as suas conquistas e o fazem em cada minuto de suas vidas. Esses filhos tem o privilégio de desfrutar da alegria plena ao oferecer homenagens no dia especial, porque ao longo dos outros dias sabem homenagear, longe dos holofotes, sem a pressão do comércio, longe das cobranças. Que cada um queria ser esse pai. Que cada um deseje ser esse filho. Aí, sim poderemos dizer que o dia dos pais (das mães, das crianças) é comemorado todos os dias, como dizem alguns.