Enquanto a Copa não vem…

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Quem passa pela praia de Itapuã aos sábados sabe quão acirradas são as partidas de futebol jogadas naquelas areias. Os coletes distinguindo os times, os “elogios” aos árbitros e, principalmente a vontade demonstrada pelas equipes fazem com que o futebol amador de praia não fique devendo nada ao esporte profissional; e no atual momento do esporte na Bahia, não é exagero dizer que o baba da praia tem empolgado mais do que as partidas da Arena Fonte Nova.

Na areia da praia cada lance é único e cheio de polêmica. Uma falta marcada (ou não marcada), um passe bem feito (mal feito ou não feito), uma bola perdida ou recuperada e – como não poderia deixar de ser – um gol perdido ou sofrido, geram debates calorosos que em muitos momentos parecem caminhar para as vias de fato, mas, para a felicidade de todos, fica só no ensaio.

Como se já não bastassem as situações da partida, fatores extra-campo também contribuem para aumentar o calor do espetáculo. Uma bola vinda de outro baba, a passagem de um vendedor ambulante e, principalmente, as bem-vindas invasões de campo das “torcedoras” que aproveitam o dia de sol, já foram responsáveis pelas mais inusitadas situações; desde cômicos ataques de nervos até interrupções improváveis. Como o atacante que no momento mágico da finalização interrompe a jogada, pega a bola com as mãos e espera uma jovem atravessar toda a extensão do campo para dar prosseguimento à partida. O camisa 9 recebe os cumprimentos da moça e de todos os companheiros e adversários e então a partida recomeça com todo o calor de antes.

Assim é o futebol na praia: corrido, disputado, cheio de emoção. Mas, sem perder o espírito esportivo.

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