Habemus orla

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coluna-pense-nissoHá quem não mais acreditasse que a orla soteropolitana um dia estivesse à altura da beleza das nossas praias. Salvador é a capital brasileira com maior extensão litorânea em todo o país, e a nossa costa está entre as mais belas do mundo. No entanto, o descaso por parte de nossas autoridades transformou o visual atrativo em uma paisagem mórbida, triste e avessa à beleza natural.

Foram cerca de 10 anos de total abandono. Barracas mal removidas, muito entulho acumulado e projetos que não saiam do imaginário trouxeram prejuízos socioeconômicos e feriram a autoestima do soteropolitano que ama a sua terra e quer vê-la bem cuidada.

Acontece que nos últimos 2 anos Salvador vem passando por um processo de transformação e gradativamente seu aspecto visual e estrutural vem sendo recuperado. Assim, o soteropolitano vem também recuperando a sua autoestima e o orgulho de ser filho desta terra.

Pontos críticos, e que pareciam insolucionáveis, foram desatados em pouco tempo e hoje já podemos desfrutar das benfeitorias nos bairros da Barra, Boca do Rio, São Tomé de Paripe e Tubarão. Em breve, lugares como o Jardim de Alah e Ribeira também terão suas obras concluídas.

Recentemente, após longa discussão entre diversos setores interessados, iniciou-se a reforma da orla marítima de Itapuã. Com o intuito de ser uma obra de fato pública e que atenda aos anseios do bairro, o projeto – dentre outras coisas – contempla a classe dos pescadores, com a construção de uma área de apoio náutico e um mirante. Além disso, em uma séria demonstração de respeito ao patrimônio histórico local, será realizada a restauração da estátua da Sereia e já está em curso a reforma da Praça Dorival Caymmi.

Essas ações visam harmonizar a estrutura física do bairro com a sua beleza natural, o seu clima boêmio, mas principalmente preservar a sua história.

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