O primeiro dia de maio é reconhecido no Brasil e em países como os Estados Unidos e Portugal como o Dia do Trabalhador. Uma data marcada pela valorização daqueles que exercem dignamente atividades profissionais para proverem seus sustentos.
Essa homenagem foi estabelecida graças aos movimentos proletários norte-americanos que, no final do século XIX, reivindicaram melhorias nas condições de trabalho. A partir de então, a classe obteve redução nas jornadas de trabalho, aumentos salariais e diminuição da insalubridade no ambiente profissional.
No Brasil, a luta pelos direitos trabalhistas nasceu com a chegada dos imigrantes europeus no início do século XX. Esses imigrantes trouxeram para o Novo Mundo o entendimento da relação patrão/empregado e os direitos e deveres de cada parte.
De lá pra cá muita coisa melhorou, porém, há ainda pouco respeito com determinadas classes trabalhadoras, sobretudo àquelas que prestam serviços essenciais à sociedade.
Recentemente o estado da Bahia viveu situação de sítio graças à greve da polícia. Ainda que os motivos da paralisação bem como a idoneidade dos grevistas sejam questionáveis, há bastante tempo a classe policial não vem sendo tratada do modo mais adequado para um órgão responsável por manter o estado de paz social. Algo que precisa ser revisto.
O que falar então da situação dos professores? Salários baixos, condições de trabalho precárias e total falta de consideração com os profissionais que merecem todo o respeito da sociedade. Na última greve dos professores estaduais – que durou 56 dias – além da não concretização das negociações, os salários desses trabalhadores foram arbitrariamente cortados.
Impossível ainda não citar a situação deplorável em que se encontram pescadores e feirantes do bairro de Itapuã. Com as obras do mercado municipal inacabadas e a colônia de pescadores entregue, esses profissionais carecem de assistência e das condições mínimas para desenvolverem suas atividades, comprometendo os seus sustentos e a comercialização de alimentos na cidade.