Escute e compartilhe esse conteúdo com amigos:
“Minha jangada vai sair pro mar, vou trabalhar, meu bem querer/ Se Deus quiser quando eu voltar do mar/ Um peixe bom eu vou trazer”. A convivência com os pescadores fez com que Dorival Caymmi transformasse em versos a rotina de uma das profissões mais antigas e difíceis. Chuva, sol, ventos fortes, correntezas, dias sem dormir. Nada disso impede o pescador de manter o riso, a crença e disposição. Para lembrar sua importância, a data 29 de junho além de festejar o dia de São Pedro, celebra também o Dia do Pescador.
Para Arivaldo Sousa Santana (45), que vive da atividade desde os 12 anos, a profissão sofreu mudanças ao longo do tempo. “Na época que comecei, aprendia com base nos ensinamentos dos meus avós e irmãos mais velhos. A demanda de peixes era maior, pescávamos quantidades maiores em pouco tempo. Hoje, por conta da quantidade de mergulhadores e pescadores, a demanda de peixes é menor, embora seja mais fácil de vender, pois os preços são variados”, diz.
Ele explica que a modernização dos barcos e da maneira de pescar facilitou o trabalho. Além disso, o tempo de atividade atualmente também está reduzido, devido ao aumento no número de casos de câncer de pele entre os pescadores. “Para se prevenir da grande exposição ao sol, os pescadores passaram a usar camisa de manga comprida, além do protetor solar”, reforça.
Arivaldo destaca ainda que graças à luta das entidades de pescadores do estado, a profissão passou a ser amparada por garantias equivalentes a de um trabalhador formal. “O pescador já conta com auxílios para acidente, doença, recebe aposentadoria por tempo de serviço, bem como o Seguro Defeso, que garante uma estabilidade no período em que não é possível pescar”, finaliza.
Festa em Itapuã
O Dia do Pescador será festejado em Itapuã, hoje (29) em cortejo dos pescadores, com saída da Igreja Nossa Senhora da Conceição de Itapuã. Logo após, será oferecido um café da manhã especial para a comunidade.
Fonte: ItapuãCity