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A oportunidade de atuar fora do Brasil, fez o itapuãzeiro Rogério Silva (33) arrumar as malas e ir em busca de seu sonho do outro lado do mundo, na Arábia Saudita. Há nove meses no país, ele trabalha como treinador de futebol da categoria sub 16 da equipe Al Kholoud Club.
Rogério conta que o convite surgiu através de amigos que estão na Arábia e já haviam trabalhado com ele antes no Brasil. “No primeiro momento, a contratação era para ser treinador na escolinha de futebol do clube, mas logo foi promovido para atuar no time árabe”, diz.
No Brasil, Rogério trabalhou como estagiário, instrutor de Educação Física e ainda realizava treinamentos funcionais. Com a mudança radical, atualmente mora na cidade de Ar Rass, em um apartamento mobiliado oferecido pelo clube e tem um motorista particular para se deslocar pela cidade.
Sobre o trabalho como treinador, Rogério afirma que o fato de não dominar o idioma local traz certa dificuldade, na hora de passar as informações ideais para cada treinamento. No entanto, ele conta com a ajuda do tradutor. “Mesmo assim preciso utilizar bem o inglês, que é a segunda língua local. Aproveito os momentos ociosos para praticar o idioma com outro treinador, que trabalha como treinador de goleiros”, diz.
Segundo Rogério, embora o clube possua uma estrutura de trabalho excelente, com três campos, piscina, academia de ginástica e sala de hidromassagem, o Al Kholoud enfrenta uma fase de baixa, ocupando a terceira divisão no futebol árabe. “O clube vê nos treinadores brasileiros uma oportunidade de resgatar suas forças para reposicioná-lo no topo”, afirma.
Nessa linha, ele explica que é comum a contratação de treinadores e jogadores brasileiros no país. “Aqui na Arábia Saudita percebemos que existem muitos técnicos egípcios devido ao bom custo-benefício.
Porém, é muito comum encontrar pelas ruas homens utilizando camisas da seleção brasileira e de vários outros clubes brasileiros, frisa. “Acredito que a contratação de jogadores e técnicos brasileiros seja devido ao grande respeito, carinho e admiração que eles têm pela qualidade técnica do futebol do Brasil”, completa.
Para Rogério, que deve permanecer na Arábia até o segundo semestre de 2016, a experiência internacional traz grandes expectativas. “Pretendo, com esta oportunidade colher bons resultados a fim de receber o reconhecimento local por um bom serviço prestado e, consequentemente ao retornar para o Brasil quero realizar um curso de técnico de futebol pela CBF para que na sequência, possa dar voos maiores na carreira”, reforça.
Fonte: ItapuãCity