Depois do Outubro Rosa, que alertou a mulher sobre o câncer de mama, agora é o Novembro Azul, cujo alvo é o homem e o câncer de próstata, principal causa de morte masculina em todo o mundo. Por ano, somente no Brasil são diagnosticados quarenta e sete mil novos casos. A Sociedade Brasileira de Urologia – SBU – revela que 47% dos homens entrevistados em uma de suas pesquisas nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata e 44% nunca foram a uma consulta com um urologista. Isso, é claro, é o fruto de uma concepção que se tem dentro da sociedade. O que é uma questão de saúde tornou-se motivo de gracejos entre as pessoas, o que fortalece a resistência dos “machos” em ir consultar um especialista na área.
É muito comum, aqui no Brasil, as manifestações de pensamentos machistas entres as pessoas, mesmo as mulheres, mas o que assusta é ver que a mesma postura se revela quando o que está em risco é a própria vida. Causa estranheza, para muitos, o fato de um homem achar outro bonito, de abraçar o colega, de falar de sua importância, de chorar, de dizer aos filhos e à própria esposa que os ama e isso chega ao cúmulo da atitude de se negar fazer um exame porque “não vai deixar que outro homem toque em suas partes íntimas”. Daí que muitos homens não vão ao urologista porque não querem passar pelo famoso e temido exame do toque. Vão “empurrando com a barriga” o cuidado e controle com o seu corpo, com a saúde. O que eles não compreendem é que o câncer de próstata é uma doença silenciosa e que se não for tratado na fase inicial pode levar à morte.
Por isso, é louvável a criação do Novembro Azul, cujo objetivo é conscientizar e sensibilizar as pessoas (homens) sobre os riscos do câncer de próstata, da necessidade de se fazer os exames necessários, de cuidar de sua saúde e enxergar os processos como algo natural. Entendo que é melhor o desconforto e a vergonha do exame do que as dores de um câncer e as suas nefastas consequências. A vida agradece!!!
KIA KAHA!