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Eis que chegou o grande momento! Esta semana deparamos com o início da grande transformação em nossa orla, começando, infelizmente, por uma situação bastante delicada. Os comerciantes observaram atônitos os seus quiosques indo ao chão por máquinas controladas pelas frias mãos daqueles que estão cumprindo o seus trabalhos. Toneladas e mais toneladas de escombros estão lá, todos amontoados, dando adeus a um passado fresquinho, tão fresco quanto os pescados do mercado de Itapuã.
O encaminhamento das obras, como sempre, levantam dúvidas e aflições aos moradores. Afinal, são 9 milhões de reais investidos no projeto de requalificação. Isso tem que servir para alguma coisa! E como será de agora em diante? Teremos os mesmos problemas enfrentados pelo mercado de Itapuã, transformado num terreno baldio? E quanto aos comerciantes, suas famílias e seus empregados?
O projeto arquitetônico promete uma reviravolta na maneira de como vamos enxergar o nosso bairro. E isso divide opiniões. Opiniões que saem desde a boca dos mais conservadores, que prezam pela permanência hegemônica dos quiosques e dos bailes dançantes, até daqueles que preferem uma orla sem a predominância de tais equipamentos privados. Há também os mais radicais que lutam pelo resgate da itapuã antiga, bucólica. Outros, como eu, se posicionam quanto a valorização da cultura, o lazer e o esporte no bairro, como um todo, proporcionando assim um ambiente público, democrático, e não privatizado.
De todo modo, acho que chegou, ou melhor, passou da hora de realizarmos um grande debate. Precisamos, acima de tudo, pensar conjuntamente em qual Itapuã queremos viver. Isso em caráter de urgência! Precisamos conhecer e reconhecer as entidades que nos representam! E por que não participar das associações e grupos sociais e políticos do nosso bairro? Seja a AMI, a Agenda 21, o Rotaract, a Juventude Itapuãzeira… não importa! O importante é contar com a sua presença! E quanto aos nossos grupos… precisamos de união, e não de divisão. Não precisamos de ações regrada de interesses políticos individuais!
Por agora, as antigas terras de Garcia D’ávia, o bairro de Calazans Neto, a morada de Vinícius e de Caymmi está passando por um momento crucial de sua história recente. E quanto ao futuro? Não podemos ficar é a deriva! Aliais, os motores da participação cidadã andaram por alguns alguns anos parados no mar da passividade. Por isso mesmo, deixo o meu apelo: Vamos todos lutar pelo nosso bairro! Um bairro que amamos e que precisa, acima de tudo, do carinho e da participação popular no circuito das tomadas de decisão!