Cinco noites de folia e um saldo positivo para a segurança durante o carnaval de Itapuã. De acordo com o Departamento de Comunicação Social da Polícia Militar, não foram registradas ocorrências graves relacionadas ao evento que este ano, por conta das obras da Orla, ocorreu no Parque do Abaeté. O êxito da operação resultou inclusive numa sugestão da 15ª CIPM, ao defender o Abaeté como espaço oficial do carnaval de Itapuã a partir de 2016.
“O Parque do Abaeté dispõe de um anfiteatro, estacionamento público gratuito, transporte público ininterrupto com ônibus e taxi, rápida evacuação em caso de emergências, permite o pouso de helicópteros em caso de resgate, não precisa de interdição de trânsito – com exceção dos dias de desfiles de blocos. Além disso, permite uma boa propagação do som e não incomoda moradores que não participam da festa. Para que isso aconteça é necessária uma articulação prévia entre a comunidade e os órgãos públicos envolvidos”, afirmou a assessoria.
Outras situações no entanto, precisariam ser analisadas pelas partes envolvidas como o porte dos veículos (trios ou minitrios), o itinerário, bem como a distância e os horários dos desfiles. “Atribuindo responsabilidades pela organização do evento, uma vez que existem aspectos relacionados à segurança que precisam estar definidos”, reforçou o departamento.
O gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa do Abaeté, Tiago Marques aponta a necessidade de um novo formato para a festa, caso seja transferida de vez para o Abaeté. “Com a estrutura que o Parque tem atualmente, a realização do carnaval trouxe alguns transtornos físicos para o lugar. Tivemos danos no calçamento de pedras portuguesas, bem como a passagem de caminhões pesados agravou um problema de afundamento no local. A estrutura do Parque é acolhedora, convidativa, mas não está preparada para festas com multidão, palco de grande porte, decibéis que afetam a área de proteção ambiental. Para algo que causasse menos impacto à área poderia ser pensado um modelo mais alternativo, semelhante ao que acontece no Pelourinho. Precisaríamos moldar de acordo com a capacidade do Parque”.
Thiago destaca também a importância do diálogo entre os órgãos responsáveis pela organização do carnaval. “Esse ano a decisão de fazer o carnaval foi tomada em cima da hora, não houve uma lapidação do projeto e por isso não conseguimos evitar esses transtornos”, diz.
Fonte: ItapuãCity