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Esta segunda-feira, 2, é o último dia para a desocupação do Camping Ecológico Praia de Itapuã, único de Salvador. O encerramento das atividades foi imposto pelo Decreto nº 26.407, publicado no Diário Oficial do Município, em 1º/9/2015, com o prazo de 60 dias para cumprimento.
A Associação de Campistas de Salvador (ACS) tenta negociar a ampliação do prazo, segundo Eduardo Libório, membro da entidade. Ele afirma que o clima entre os moradores do local está tenso e que gostariam que o prazo se estendesse por mais 90 dias.
“É o tempo do ano letivo acabar. Há crianças que estudam em colégios próximos e algumas pessoas não têm onde colocar os equipamentos ainda. Outras, já levaram pertences para terrenos de parentes”, explicou.
Ainda segundo Libório, na noite deste domingo, 1º, haveria um Acampaço – evento de música e teatro no qual também seriam debatidas questões referentes à desocupação.
O A TARDE tentou contato com a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) para saber da negociação, sem sucesso. “Acreditamos que o prazo seja estendido, mas não só vamos ter notícias após o feriado”, reiterou Libório.
Na manhã deste domingo, a equipe de reportagem esteve no camping, mas foi barrada na entrada. Por telefone, Libório atribuiu o fato a falta de comunicação. Do lado de fora, era possível perceber pouca movimentação de pessoas e os equipamentos seguiam montados.
O caso
Conforme a Sefaz, a medida teria sido tomada porque o terreno, que pertence ao município, está sendo usado para fins de moradia, havendo, inclusive, construções de alvenaria, com ar-condicionado e TVs por assinatura.
Atualmente, o camping conta com 72 associados, entre fixos e temporários. Destes, 23 famílias residem no local, em trailers, motorhomes e barracas.
A área era do Camping Clube do Brasil, que, após 20 anos, perdeu o espaço para a prefeitura por não pagar impostos. Em 2004, a ACS passou a administrar o espaço.