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Cerca de 25 agentes contratados pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) realizam desde as 6h desta quarta-feira, 11, a demolição dos restaurantes Jangada e Língua de Prata e do Quiosque Brasil, localizados em Itapuã.
O procedimento foi iniciado no Jangada, que já teve uma parte demolida. Enquanto isto, funcionários retiram equipamentos e objetos de trabalho da outra área.
Em conversa com o Portal A TARDE, os trabalhadores, que não quiseram se identificar, afirmaram que o restaurante funcionou normalmente na segunda, 9. Na terça, 10, ficou fechado por já ser o dia normal de folga.
“Não sabíamos da demolição, porque não fomos notificados por nenhum oficial de justiça. Estávamos aguardando uma liminar da Justiça sobre este caso”, afirmaram. A responsável pelo Jangada não quis comentar o caso com a imprensa.
Além dele, também serão demolidos o restaurante Língua de Prata e um quiosque localizado na mesma região. Na terça, a Sucom informou em nota que ainda não havia uma data para a demolição. O proprietário do Língua de Prata já havia desocupado 50% do espaço e se mudado para a Lagoa do Abaeté. Os restante da estrutura também será demolida nesta quarta.
Segundo o diretor de fiscalização da Sucom, Murilo Aguiar, que está à frente do procedimento, ressaltou quea 13ª Vara Federal emitiu um expediente há cerca de 15 dias, que autorizava a demolição dos estabelecimentos para as obras na região tivessem prosseguimento. O diretor explica que um acordo definiu que a prefeitura retiraria as mesas e cadeiras do local, e os funcionários dos restaurantes ficariam responsáveis por retirar os alimentos e as bebidas.
Em resposta aos funcionários do Jangada que alegaram não terem sido informados sobre a demolição, Murilo enfatizou que as notificações são feitas pela Justiça aos advogados dos restaurantes, que tinham conhecimento do fato. Entretanto, o advogado Otávio Pires, que defende os dois estabelecimentos neste processo, disse nesta semana que não recebeu nenhuma comunicação sobre a demolição. Os estabelecimentos estavam funcionando com base em uma liminar da Justiça desde o ano passado.
A ação é acompanhada pela Guarda Municipal de Salvador, Superintedência do Patrimônio da União (SPU) e agentes da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador). As demolições serão finalizadas até o final do dia e, nesta quinta, 12, a área já estará liberada para novas obras.
Confira reportagem na íntegra:
Fonte: A Tarde