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Não há como estimar o valor de uma vida humana. Ainda que existam aproximadamente 7 bilhões de habitantes no planeta, cada pessoa – sobretudo aquelas que vivem dignamente e não representam perigo à sociedade – tem o seu valor distinto e merece o respeito preconizado na declaração dos Direitos Humanos e na Constituição Federal Brasileira.
Porém, como o mundo real é mais cruel do que o ideal, o respeito à dignidade humana está longe de ser ofertado a todos, e essa diferenciação na maneira de tratar as pessoas vem trazendo ao longo do tempo uma série de prejuízos à humanidade e ilustrando uma série de lamentáveis episódios.
Recentemente a localidade do Alto do Coqueirinho ganhou visibilidade graças a um desses tristes episódios de desrespeito a vida. Uma moradora do bairro ao passar mal veio a falecer após esperar nada menos do que oito horas pelo atendimento médico.
Essa situação ilustra bem o abandono em que vive grande parte da nossa população, afinal de contas, a atenção básica de saúde é algo elementar para qualquer comunidade, e a ausência deste serviço nos leva a crer, por exemplo, que falta também educação de qualidade ou acesso a cultura que não seja a de massa. Logo, é difícil imaginar que essas pessoas encontrem recursos para transformar para melhor a realidade em que vivem.
Dessa forma, a classe política segue sem ser incomodada conduzindo a sociedade da forma que melhor lhe convém. Enquanto faltam vagas em creches e escolas públicas, a violência aumenta drasticamente, pessoas morrem a espera de atendimento e o Brasil mantém o estigma de país do futuro.
E antes que me falhe a memória: já já tem eleição.