As obras de requalificação da orla de Itapuã começam a partir de segunda-feira, mas os comerciantes do largo, entre eles Cira e mais duas baianas de acarajé, só devem deixar o local depois da Copa — dia 14 de julho. Na segunda-feira, 17 vendedores que atuam na região foram informados que teriam que deixar o local em dez dias para o início das obras.
Ontem o secretário municipal de Infraestrutura e Defesa Civil, Paulo Fontana, afirmou que a data foi prorrogada. “Apresentei ao prefeito uma nova proposta e ele aceitou. Vamos aguardar a final da Copa do Mundo para que os comerciante deixem os espaços”, disse.
A alteração aconteceu depois que baianas de acarajé e vendedores de água de coco reclamaram da data. “Não somos contra a reforma. Acredito que a orla vai ficar bem melhor, mas fazer obras durante a Copa é complicado”, afirmou o comerciante Antônio Cláudio Bacalhau. Ele contou que trocou o letreiro do quiosque, comprou equipamentos novos e contratou cinco novos funcionários para trabalhar durante os jogos.
Segundo a secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf, os comerciante serão relocados e devem atuar em outros espaços até a conclusão da obra, que está prevista para durar seis meses. O local ainda não está definido. O acarajé da Cira, um dos mais tradicionais da cidade, está entre os que terão que mudar de local durante a requalificação.
Ontem, o CORREIO tentou contato com a baiana de acarajé, mas ela não foi localizada para comentar o assunto. O projeto prevê a requalificação de cerca de 30 mil m², da Sereia até o Largo, com a construção de áreas de convivência, ciclovia, pista tátil, entre outros equipamentos. O investimento total é de cerca de R$ 9,3 milhões.
A requalificação do Rio Vermelho também faz parte do projeto da prefeitura e deve começar em até quatro meses. As baianas de acarajé Regina e Dinha também serão relocadas durante a ação.
Fonte: Correio 24 horas